Se há algo disseminado na sociedade brasileira é o preconceito contra a mulher. A mulher brasileira sofre todo tipo de preconceito e discriminação desde o nascimento até a hora em que baixa a sepultura. Esse fenômeno é visível não só no mercado de trabalho, mas também na musica, na literatura, em cursos profissionalizantes e em algumas carreiras de grau superior.
O preconceito contra a mulher permeia por todas as camadas da sociedade e é tão entranhado em nossa cultura machista que dá impressão de ser um dado da natureza. As vezes até mesmo quando queremos elogiar uma mulher corremos o risco de ser preconceituosos.
A misoginia, que significa aversão à mulher, sutilmente se faz presente na sociedade e, isto traz o recrudescimento da violência. A toda hora uma mulher é morta ou agredida no Brasil, sendo que a maioria desses casos acontecem nas suas próprias residência e o agressor é sempre aquele com quem a mulher se relaciona.
É preocupante quando pesquisas de opinião revelam que a um significante maioria acha que dependendo do jeito que a mulher estiver vestida ela é culpada pelo seu estupro. Isto é o cumulo do absurdo, mas é real.
A mulher numa sociedade machista como a nossa é sempre colocada em segundo plano. As três principais religiões que conhecemos no ocidente colocam a mulher sempre em posição de inferioridade ao homem. Há poucas igrejas que ordenam mulheres para postos clericais, assim mesmo ainda não ocupam os postos de poder.
Em tempos remotos em algumas culturas a mulher era tida como propriedade do homem Haja vista que um dos dez mandamentos bíblicos é “ Não cobiçar a terra, o boi e a mulher do próximo”. Neste contexto a mulher está inserida como propriedade do homem. Maria a mãe de Jesus não se casou, mas a história bíblica criou para ela a figura de um marido, pois era inconcebível para a sociedade da época uma mãe sem um homem para submetê-la.
Hoje os tempos são outros, mas a ideia da mulher submissa hierarquicamente inferior ao homem permanece mais viva do que nunca. Dia desses , numa fila de cinema, um jovem fazia elogios a uma amiga. Dizia que ela era uma mulher admirável, uma lutadora, pois trabalhava fora, cuidava da casa e também de um filho, mas o que era mais surpreendente é que ela era mãe solteira, disse ele.
Claro que aquele jovem não usou a expressão de forma preconceituosa, para ele era algo que enaltecia a amiga, pois ela apesar de tudo superava todos os obstáculos que a vida a impunha.
Mas nada pode ser tão machista e preconceituoso do que a expressão “ mãe solteira. Nela está implícito todo desejo da sociedade em submeter a mulher, oferecendo a ela um lugar subalterno na hierarquia social através da rotulação.
Muito deve ser feito para que nossa sociedade deixe de ser machista e passe a respeitar a mulher como ela merece. Para isto é preciso que a mulher eduque a nós homens nos dizendo que homem que é homem chora, que homem que é homem sente medo, ama e se apaixona. E antes de usarmos a expressão mãe solteira lembremos que a condição de mãe dispensa estado civil, e muitas mulheres que criam seus filhos sozinhas são abandonadas por homens canalhas que fogem covardemente após saber da gravidez da companheira. Respeitar a mulher não é considerá-la nem santa e nem puta, mas simplesmente mulher!
Autor: Ivam Galvão
E-mail: ivamgalvaopoa@gmail.com
O preconceito contra a mulher permeia por todas as camadas da sociedade e é tão entranhado em nossa cultura machista que dá impressão de ser um dado da natureza. As vezes até mesmo quando queremos elogiar uma mulher corremos o risco de ser preconceituosos.
A misoginia, que significa aversão à mulher, sutilmente se faz presente na sociedade e, isto traz o recrudescimento da violência. A toda hora uma mulher é morta ou agredida no Brasil, sendo que a maioria desses casos acontecem nas suas próprias residência e o agressor é sempre aquele com quem a mulher se relaciona.
É preocupante quando pesquisas de opinião revelam que a um significante maioria acha que dependendo do jeito que a mulher estiver vestida ela é culpada pelo seu estupro. Isto é o cumulo do absurdo, mas é real.
A mulher numa sociedade machista como a nossa é sempre colocada em segundo plano. As três principais religiões que conhecemos no ocidente colocam a mulher sempre em posição de inferioridade ao homem. Há poucas igrejas que ordenam mulheres para postos clericais, assim mesmo ainda não ocupam os postos de poder.
Em tempos remotos em algumas culturas a mulher era tida como propriedade do homem Haja vista que um dos dez mandamentos bíblicos é “ Não cobiçar a terra, o boi e a mulher do próximo”. Neste contexto a mulher está inserida como propriedade do homem. Maria a mãe de Jesus não se casou, mas a história bíblica criou para ela a figura de um marido, pois era inconcebível para a sociedade da época uma mãe sem um homem para submetê-la.
Hoje os tempos são outros, mas a ideia da mulher submissa hierarquicamente inferior ao homem permanece mais viva do que nunca. Dia desses , numa fila de cinema, um jovem fazia elogios a uma amiga. Dizia que ela era uma mulher admirável, uma lutadora, pois trabalhava fora, cuidava da casa e também de um filho, mas o que era mais surpreendente é que ela era mãe solteira, disse ele.
Claro que aquele jovem não usou a expressão de forma preconceituosa, para ele era algo que enaltecia a amiga, pois ela apesar de tudo superava todos os obstáculos que a vida a impunha.
Mas nada pode ser tão machista e preconceituoso do que a expressão “ mãe solteira. Nela está implícito todo desejo da sociedade em submeter a mulher, oferecendo a ela um lugar subalterno na hierarquia social através da rotulação.
Muito deve ser feito para que nossa sociedade deixe de ser machista e passe a respeitar a mulher como ela merece. Para isto é preciso que a mulher eduque a nós homens nos dizendo que homem que é homem chora, que homem que é homem sente medo, ama e se apaixona. E antes de usarmos a expressão mãe solteira lembremos que a condição de mãe dispensa estado civil, e muitas mulheres que criam seus filhos sozinhas são abandonadas por homens canalhas que fogem covardemente após saber da gravidez da companheira. Respeitar a mulher não é considerá-la nem santa e nem puta, mas simplesmente mulher!
Autor: Ivam Galvão
E-mail: ivamgalvaopoa@gmail.com
Excelente! Vou compartilhar com amigos e com minha família. Foi um tema que discutimos na passagem de ano quando estavamos reunidos. Parabéns Ivam Galvão
ResponderExcluir