A Operação Lava Jato e a esquerda caviar

Não sei precisar exatamente, mas com certeza há mais de um ano o povo brasileiro vem convivendo quase que diariamente com as notícias dos desvios de dinheiro nas obras da Petrobras. Executivos de grandes empreiteiras funcionários do alto escalão da petroleira, doleiros, lobistas, dirigente de partido estão presos acusados de envolvimento  no grande esquema de corrupção cujo o montante de dinheiro desviado chega  a casa dos R$ 6 bilhões.

A Policia Federal, o Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Moro, vêm conduzindo as apurações dentro da legalidade, penso eu.

A verdade que tanto o juiz, como o Ministério Público e a PF vêm recebendo criticas e elogios. Criticas por parte daqueles que de certa forma tiveram seus nomes envolvidos e de seus advogados e elogios por parte de uma grande parcela da sociedade. O que é normal.

Entre os críticos da Operação Lava Jato está o advogado e professor  da PUC- SP, Celso Antônio Bandeira de Mello, que em declaração ao jornal Folha de São Paulo, edição de 29/06, acusou a imprensa de tratar o assunto de desvio de dinheiro na Petrobras como se fosse um escândalo. Disse Bandeira de Mello;” com apoio da imprensa, o país esta caminhando a passos largos, para o fascismo. Se a imprensa não montasse palco para esse juiz (Sérgio Moro), isso não aconteceria. Tanto é assim que na hora que aparecer um assunto novo, como a Olimpíada, esse assunto todo vai morrer.

Corrupção sempre existiu, mas a novidade é a imprensa tratar o assunto como um verdadeiro escândalo”. Bandeira de Mello afirmou ainda que acha estranho que sempre tenha havido corrupção no país e a imprensa tenha ficado calada. Diz não ter ilusões quanto a imprensa.

Mas o trecho que mais chama a atenção, e merece destaque nas declarações do advogado é quando ele sai em defesa dos executivos das empreiteiras que estão presos dizendo; “O que tem sido noticiado é empresario sendo preso e submetidos a condições muito insatisfatórias. Vamos ser realistas, se você viveu numa favela, sua condição de vida é uma. Se você está acostumado a um mínimo de  de privacidade e o colocam numa cela que só tem um buraco (sanitário) sem porta você está sendo torturado, Colocar alguém nessas condições é submetê-lo a tortura psicológica.”

Com suas declarações, na verdade Bandeira de Mello não só tenta justificar a atitude dos executivos corruptores e dos funcionários corruptos, como  ataca a dignidade do povo pobre e favelado do país. Pois no fundo o que ele diz é que aquele que é pobre, mora ou morou na favela, pode ser colocado numa cela em condições sub-humanas e degradantes e, nesse caso não seria tortura, pois as condições anteriores de vida de um favelado nega a este o direito de ser ser tratado com dignidade. Assim o que para um executivo de empreiteira, branco, rico e ladrão, Bandeira de Mello considera tortura, em sua opinião ,para o favelado não, para este seria só uma mudança de local,sendo mantidas as condições degradante, com as quais  já estaria acostumado.

Não sendo advogado de nenhum dos acusados, Celso Antônio Bandeira de Mello faz nessas declarações  a defesa vergonhosa da classe social a qual pertence. Não importa se os acusados sejam  culpados, o que importa é que eles são brancos e ricos, e isso por si só leva a presunção da inocência.

A palavras de Bandeira de Mello refletem bem o que é a nossa sociedade. Vivemos numa sociedade hierarquisada ,violenta, racista e patrimonialista, onde pessoas como Bandeira de Mello são seus expoentes.

O Ilustre advogado é amigo do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva e é próximo do PT, pertence a esquerda caviar, que atualmente está na moda. São aqueles que discutem os problemas brasileiros diante de uma mesa farta, comendo salmão defumado e tomando vinho importado de remotas safras. Os mesmos que jogaram o país no buraco e, que  numa atitude arrogante se acham no direito de culpar a imprensa pelas mazelas  praticadas por uma quadrilha de salteadores.

Autor: Ivam Galvão

Comentários

  1. Quero acreditar que essa Operação Lava Jato tenha um final satisfatório, quero acreditar.
    Parabéns pelo artigo!

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